Aumenta os casos de convid-19 em Portugal e governo volta atrás e impõe restrições

 

 

 

Entre as novas restrições, aprovadas após reunião por videoconferência do Conselho de Ministros, estão as aglomerações “limitadas a dez pessoas” (antes, o limite era de 20 pessoas), fechamento de todos os estabelecimentos — à exceção dos restaurantes — às 20h e proibição do consumo de álcool “em espaços ao ar livre de acesso ao público”. Serão aplicadas multas aos que não respeitarem as regras, com valores que ainda não foram estipulados.

O primeiro-ministro Antonio Costa se mostrou receoso com as aglomerações e com as festas ilegais que têm acontecido na capital. “São comportamentos que só podem dar mau resultado”, disse o socialista.

O presidente Marcelo Rebelo de Sousa, social-democrata, concordou com a posição de Costa e disse que o governo tem de fazer “o que for necessário para impedir o descontrole”.

Em entrevista coletiva, Costa afirmou que as medidas visam “controlar esses eventos que têm acontecido e que são um risco grande para a saúde pública”. A Direção-Geral de Saúde contabilizou 259 novos casos confirmados da covid-19 e quatro mortes na última segunda-feira.

 

As regiões de Lisboa e Vale do Tejo, as mais afetadas pela pandemia, concentraram 63% (164) dos novos casos. Ali, são 16.926 contaminados. “Não existe consenso de que o comércio e os serviços abriram cedo demais, mas depois da reabertura houve um ‘boom’ de casos na grande Lisboa. Assim que anunciaram o ‘desconfinamento’ [como os portugueses chamam a flexibilização da quarentena], para a maioria das pessoas foi como se tudo voltasse ao normal”, diz um publicitário brasileiro que vive em Lisboa há dois anos e trabalha com design gráfico. “Acreditaram que tomando medidas paliativas, que o isolamento ia permanecer igual, mas isso não aconteceu.” Em um mês (entre 21 de maio e 21 de junho), conforme dados do governo, foram detectados em Portugal 9.221 novos casos de covid-19, dos quais 85% estão nas regiões de Lisboa e do Vale do Rio Tejo. Metade desses novos casos foi localizada nas comunas de Lisboa, Sintra, Odivelas, Loures e Amadora — todos estes locais permanecem em estado de calamidade, conforme anunciado por Costa na segunda

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