Setembro Amarelo: Sinais de alerta podem salvar vidas
O fenômeno do suicídio é a expressão máxima do sofrimento psíquico apresentado por uma pessoa. Especialistas do Hospital de Saúde Mental Professor Frota Pinto (HSM), da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), do Governo do Estado, ressaltam que quem pensa em tirar a própria vida pode dar sinais de aleta. Por isso, é importante que familiares, amigos ou colegas de trabalho possam percebê-los para oferece ajuda.
“Muitas vezes, pessoas com ideação suicida expressam seu desejo de não querer mais viver. No entanto, os familiares podem não perceber tais sinais ou não saber como agir diante de uma situação tão delicada e difícil de lidar”, explica Gabriela Benigno, psicóloga do HSM e especialista em Saúde Pública e Mental.
“É importante ficar atento aos sinais de risco, que podem demonstrar uma fragilidade em nossa saúde mental e necessitam de cuidados profissionais. Esses fatores de risco, associados à impulsividade, podem ser letais se não forem tratados adequadamente”.
Ainda de acordo com Gabriela, os principais problemas e contextos que podem desencadear o suicídio são histórico pessoal e familiar de comportamento suicida; tentativas prévias de suicídio; transtorno mentais, como a depressão, bipolaridade e outros transtornos de humor; fatores estressores crônicos e recentes, como separação conjugal, perda de uma pessoa próxima; desemprego, abuso físico ou sexual na infância e/ou adolescência; situações de emergência em saúde pública e de estado de calamidade, como a pandemia de Covid-19, e sentimentos persistentes de desesperança, desespero e desamparo em relação à vida. “Esses fatores de risco, quando associados à impulsividade, podem ser letais”, pontua Gabriela.