Marcel Powell realiza concerto trazendo a riqueza da música negra brasileira ao Instituto Benjamin Constant

No dia 9 de maio, o compositor e violonista Marcel Powell fará uma apresentação, como parte das ações do projeto Musicalidade Negra, no Instituto Benjamin Constant (IBC). Com uma carreira artística que ultrapassa três décadas, Marcel traz uma bagagem musical vasta e interpretará releituras das obras de grandes compositores negros brasileiros como Dorival Caymmi, Luiz Melodia, Baden Powell, Gilberto Gil, Djavan, entre outros. Com o objetivo de contribuir para a formação cultural de pessoas deficientes visuais, a ação busca proporcionar a experiência e a vivência da escuta da música ao vivo, apresentando a obra de artistas negros do século XX, além de abrir espaço para interação e bate-papo com o violonista.

Marcel apresentará um concerto de violão solo, planejado especificamente para atender às necessidades do público do Instituto. Interpretando músicas que marcaram gerações, o artista ainda expõe o contexto e a importância das obras e compositores que moldaram o cenário da música brasileira, fomentando a preservação musical brasileira, além de compartilhar suas experiências profissionais.

“É fundamental reconhecer a diversidade de nossa sociedade e garantir que todas as expressões artísticas e culturais considerem as necessidades de todos os públicos”, ressalta Kryka Pujol, idealizadora, junto com Marcel Powell, do projeto Musicalidade Negra e produtora do compositor. “As experiências artísticas e culturais desempenham um papel crucial na formação de cidadãos plenos, estimulando o pensamento crítico e enriquecendo nossa existência como seres humanos”, acrescenta.

Nascido em um ambiente onde o samba e o choro eram protagonistas, Marcel traz consigo uma herança musical rica e diversa. Sua infância foi marcada por rodas de samba e choro em sua casa, influências que moldaram sua trajetória artística desde cedo. Tendo a música como parte da história da família há algumas gerações, Marcel possui uma fonte inesgotável de inspiração. Além de seu pai, Baden Powell, considerado o maior violonista brasileiro de todos os tempos e inventor dos afro-sambas, Marcel também é bisneto de Vicente Tomás de Aquino, primeiro maestro negro do interior fluminense e o primeiro a formar uma orquestra com integrantes exclusivamente negros escravizados, denominada “Orquestra Negra”. Honrando esse legado, sua arte é usada como celebração da herança cultural afro-brasileira.

Marcel compartilha a expectativa em relação à apresentação. “Estamos muito felizes com esta oportunidade. A música ao vivo para uma pessoa cega é uma jornada sensorial e emocional, onde os sons se tornam cores, as vibrações se transformam em imagens e as memórias ganham vida. É uma experiência que transcende as limitações físicas e conecta diretamente o coração e a mente. Sendo assim, desejamos poder oferecer a melhor experiência musical para esse público tão especial”, declara.

O artista já lançou mais de 10 álbuns ao longo de sua carreira, incluindo títulos como “Samba Novo – Acordes de Paixão” (2002), “Aperto de Mão” (2005), “Marcel Powell Trio – Corda com Bala” (2009), “Violão, Voz e Zé Kéti” (2013), e “Baden Powell Tribute” (2023), uma colaboração entre Marcel e Armandinho Macêdo. O violonista está atualmente trabalhando em seu novo álbum, intitulado “Musicalidade Negra”, previsto para ser lançado no segundo semestre de 2024. O projeto contará com a participação de convidados especiais, como Fabiana Cozza, Mestrinho e Nilze Carvalho.

Essa é uma ação do projeto Musicalidade Negra por Marcel Powell. Este projeto foi fomentado pelo Programa Funarte Retomada 2023 – Música.

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