Retrospectiva do trabalho de Coco Chanel, em Paris

O Palais Galliera, um dos dois museus da moda de Paris, reabre suas portas nesta quinta-feira (1°), após quase dois anos fechado, com uma exposição sobre a obra de Gabrielle Chanel. A retrospectiva, a primeira do gênero na capital francesa, deixa de lado a vida tumultuada da estilista para se concentrar no trabalho daquela que contribuiu para liberar a silhueta feminina

Gabrielle Chanel, ou Coco para os íntimos, é uma das personalidades mais famosas da história da moda. A menina pobre criada em um orfanato, que até sua morte inventava um relato diferente cada vez que era questionada sobre sua infância, teve uma vida de grandes amores, amizades célebres e até uma acusação póstuma de ter agido como espiã durante a Segunda Guerra Mundial. Uma trajetória palpitante que inspirou livros, filmes e faz parte até hoje da mitologia do mundo das passarelas, além de alimentar o storytelling da marca que se tornou uma das gigantes de luxo internacional.

 

 

A exposição intitulada “Manifesto de Moda”, que fica em cartaz até março de 2021, foi pensada para preencher esta lacuna. Segundo Bruno Pavlovsky, presidente das Chanel, o objetivo do evento é valorizar “não a mulher, e sim a criadora visionária”.

Mais de 350 peças,que traça as diferentes fases da história da costureira, desde a criação de sua marca em 1910, ainda como fabricante de chapéus, mas já na rue Cambon endereço histórico da empresa, até sua morte, em 1971.

Além disso, “Manifesto de Moda” também marca a reabertura do Palais Galliera, que ficou fechado durante cerca de dois anos para uma reforma gigantesca, que dobrou o espaço de exposições. A obra, patrocinada pela maison Chanel, transformou o antigo porão do palacete em confortáveis galerias, que foram batizadas, justamente, de “Gabrielle Chanel”.

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