ONG internacional chega ao Ceará e promove inclusão social e musicalização para crianças com deficiência

Be Happy Music Club é uma organização australiana que já atende mais de 200 crianças nas Ilhas Fiji e deve iniciar trabalho presencial em Fortaleza no começo de 2021

A música tem o poder universal de emocionar e, enquanto arte, transporta os seres humanos a estados emocionais únicos e de paixão. Não só isso, ela carrega mensagens políticas a todos e agrega significado em tudo. Quando instrumentalizada, transforma-se também em ferramenta de promoção de qualidade de vida àqueles que mais necessitam. Sabendo desse potencial, a Be Happy Music Club surgiu em 2016 com a missão de desenvolver o bem-estar físico e mental de crianças com deficiência e reconectá-las a suas comunidades através da música sem esquecer o papel fundamental da família nesse processo.

Fundada na Austrália, pelo cearense Andre Comaru, a organização tem operações nas ilhas Fiji, onde morou durante um ano. Na época, ele tocou para 25 crianças na Escola para Cegos de Fiji, em Suva, capital de Fiji, e desde então deu continuidade com o processo de musicalização de crianças em estado de vulnerabilidade e de contribuição em suas comunidades. A Be Happy Music Club é pioneira no uso da música para proporcionar melhor qualidade de vida para crianças com deficiência física, visual, surdez e perda auditiva, distúrbios de fala e linguagem, Síndrome de Down, Autismo e Paralisia Cerebral.

 

O projeto, em vias de operacionalização também em Fortaleza, atende mais de 200 crianças. “Depois de tocar a primeira estrofe de“ Three Little Birds ”e ouvir as crianças cantando com tanto amor e felicidade, tive certeza de que a música traria mais cores para suas vidas”, relembra o fundador e diretor executivo Andre Comaru.

A Be Happy Music Club tem o apoio da Estratégia Regional do Pacífico para Deficiências, a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiências e as Nações Unidas Metas de Desenvolvimento Sustentável. Além disso, a expectativa é a expansão do programa de cinco para todas as dezessete escolas de educação especial que operam atualmente em Fiji, bem como em outros países ao redor do mundo.

Em Fortaleza, a organização conta com a parceria do Instituto Povo do Mar (IPOM), que atende 500 crianças em vulnerabilidade social, e iniciou o processo de diagnóstico daquelas com algum tipo de deficiência. Após isso, elas receberão tratamento de musicoterapia e musicalização a fim de desenvolver o bem-estar físico e mental, além de promover a inclusão social nas comunidades.

O IPOM é uma organização sem fins lucrativos criada em 2010 por quatro amigos surfistas, frequentadores da praia do Titanzinho, em Fortaleza, e atende comunidades do Serviluz e da Praia do Futuro, que vivem um cenário de violência e exclusão social. Hoje, a ONG atende crianças e adolescentes, de cinco a dezessete anos, em situação de vulnerabilidade social nos dois bairros.

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