Começa hoje o Círio de Nazaré: a maior procissão católica do mundo

Fiéis fazem homenagens a Nossa Senhora de Nazaré durante cinco dias, em Belém do Pará

 

A cidade de Belém, no estado do Pará, respira o Círio de Nazaré a partir desta terça-feira (7), quando será aberta oficialmente a festa de Nossa Senhora, às 18h, com uma missa de abertura na Basílica Santuário.

Descrito pelos organizadores do evento como “a maior procissão católica do mundo” – ou até “a maior procissão religiosa do mundo”, o período transforma as casas, prédios e lojas com enfeites de cordas, imagens de Nossa Senhora de Nazaré rodeadas por flores e fitas coloridas.

É como se Belém, durante o extenso calendário do Círio, esquecesse que, em novembro, vai sediar a COP30, a conferência do clima da ONU.

A festa católica, que homenageia Nossa Senhora de Nazaré há 233 anos e que é patrimônio cultural da humanidade declarado pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura)

Como tudo começou

Conforme a tradição católica, foi na região da basílica que foi encontrada uma imagem de Nossa Senhora de Nazaré, em 1700. Em 1793, diante do aumento da devoção à santa, os paraenses fizeram a primeira procissão em homenagem à padroeira do estado.

Acontecimentos

As tradições religiosas do Círio seguem um ritual: Primeiro acontece a revelação do cartaz, que é o poster da festa, que foi no início de setembro.

Depois, a revelação do manto que a imagem usará neste ano (que acontece na próxima quinta, 9). Em seguida, uma fluvial no sábado (11) pela baía do Guajará, com 200 a 300 embarcações; e uma romaria de motos no mesmo dia, com cerca de 15 mil veículos de duas rodas.

Ao todo, são feitas 14 procissões. Há peregrinos que caminham quilômetros e quilômetros, vindos de cidades vizinhas, para participação no Círio.

Os eventos mais importantes são a trasladação, na noite de sábado (11), quando a imagem de Nossa Senhora de Nazaré deixa a basílica e é levada para a Catedral de Belém, na Cidade Velha, e o Círio propriamente dito, que é o retorno da imagem à basílica, no domingo (12), a partir das 7h.

A corda da fé

É nessa trasladação que a corda feita com fibra amazônica –produzida em Castanhal, a 70 km de Belém– é estendida para um dos momentos mais emblemáticos da procissão, quando os fieis se penduram nos 400 metros de corda para pagar promessas, fazer promessas, agradecer por uma graça alcançada, etc. Um pedaço dessa corda será levado para casa ao fim das procissões.

O tema do Círio também é uma alusão à questão ambiental, segundo os organizadores: “Maria, mãe e rainha de toda a criação”.

“A igreja quis mostrar quem é o autor de toda criação, com o olhar de mãe”, afirma Antônio Luís de Sousa, coordenador do Círio há 21 anos. A diretoria do evento é da Arquidiocese de Belém.

Fonte: FSP

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