Governo do Ceará inicia segunda fase da pesquisa de soroprevalência em Sobral

 

A segunda fase da pesquisa epidemiológica que avalia o impacto do coronavírus em Sobral terá início nesta terça-feira (4). O levantamento é promovido pelo Governo do Ceará, por meio da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), e pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec). A realização do estudo em Sobral é de responsabilidade da Prefeitura do município e do Instituto Opnus. Nesta nova fase, serão realizados 800 testes RT-PCR (Swab) na população.

As pessoas que participarão da testagem serão submetidas a exames de biologia molecular, feitos a partir de secreções coletadas das vias respiratórias (nariz e garganta) por meio do swab, um tipo de haste de plástico com algodões nas pontas. A coordenadora de vigilância epidemiológica e prevenção da Secretaria da Saúde do Ceará, Ricristhi Gonçalves, explica que o inquérito é fundamental para definir as ações de combate à pandemia.

“A pesquisa de soroprevalência que aconteceu em Fortaleza, Iguatu e Sobral é de extrema importância para podermos compreender como a transmissão da Covid-19 se deu nesses três municípios. Essa informação vai orientar os próximos passos sem dúvida alguma nesses três municípios e para as regiões de saúde”, avalia Ricristhi Gonçalves.

O RT-PCR é o teste de biologia molecular, que detecta a presença do vírus no paciente. São coletadas amostras de secreção do fundo do nariz por meio da introdução de um swab (cotonete). As amostras para o RT-PCR são encaminhadas ao LACEN para análise e os resultados ficam prontos após alguns dias.

 

 

 

Ricristhi Gonçalves explica que ao usar a metodologia do RT-PCR, os pesquisadores buscam partículas do DNA viral. “Sobral vai para a segunda fase e vai ser utilizada apenas a metodologia de biologia molecular, o RT-PCR, que vai ser muito importante para entendermos se ainda está acontecendo transmissão ativa”, define.

O diretor do Instituto Opnus, Pedro Barbosa, detalha que a pesquisa irá comparar a evolução da circulação viral na população. “Na primeira fase, também fizemos testes rápidos para identificar a presença de anticorpos na população. Essa segunda fase é mais específica. Precisamos identificar como está sendo a evolução da circulação viral na população com a reabertura econômica”, avalia. A pesquisa será realizada nos mesmos 40 territórios da primeira fase, mas em domicílios diferentes. Os setores foram selecionados de forma aleatória por sorteio.

Os pesquisadores estão identificados com crachá, portam termos de consentimento para participação e panfleto informativo da pesquisa, além de estarem paramentados com todos os equipamentos de segurança: touca, avental, óculos, máscara e luvas. Todos são treinados para aplicação dos testes e sobre os procedimentos de biossegurança. Acompanhando os pesquisadores estarão ainda os agentes comunitários de saúde. “Pedimos a receptividade das pessoas, que a população se sinta segura em receber os pesquisadores. Essa pesquisa é fundamental para termos um processo de reabertura seguro”, ressalta Barbosa.

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